A urgência ética e política de incorporar às práticas urbanísticas a cidade expressiva
Por: Iazana Guizzo
Ao deslocar as práticas arquitetônicas e urbanísticas de um status de representação da sociedade e colocá-las como produtoras da mesma, inserem-se tais práticas em uma perspectiva ética e política - elas são entendidas como produtoras parciais de subjetividade. A partir desta perspectiva trata-se a questão do habitat distanciada de uma forma essencial para ser explicitada a partir da relação de um corpo com uma porção de terra, onde o primeiro expande e marca um domínio expressivo ao produzir um território existencial. Nesse sentido, pode-se contrapor o conceito de território funcional e utilitário ao de expressivo e sensível afirmando que esses últimos são inerentes às cidades e a morada. Perante a urgência política e ética de avigorar um dinamismo do encontro e a constituição de singularidades, afirma-se que os territórios existenciais devem ser inseridos nas práticas arquitetônicas e urbanísticas como ferramenta de trabalho tais quais os mapas aerofotogramétricos.