Arquitetura e Singularidades

Publicações | produção intelectual

Questionar para alimentar.  E vice-versa
Alguns textos, vídeos e imagens que constroem e desconstroem nossos espaços de significação e sentido.

Publications | Intellectual production
Question to nurture. And vice-versa
Texts, videos and images that build and deconstruct our spaces of meaning.

 

O deslocamento do ofício do arquiteto e do urbanista na experiência de Oregon: uma série

Por: Iazana Guizzo

A partir da análise da experiência ensaiada por Christopher Alexander em 1970 na Universidade de Oregon nos EUA, buscou-se contribuir para o debate da participação nos processos de concepção do espaço urbano. Nessa análise é evidenciado que o próprio modo de elaborar um projeto já induz as suas possibilidades. Visando criar uma metodologia que pudesse reestabelecer a relação da comunidade com o seu ambiente, Alexander e seus colaboradores delegaram à comunidade acadêmica de Oregon a concepção dos projetos arquitetônicos e dos espaços livres. Entretanto para que esse deslocamento do ofício do arquiteto e do urbanista fosse possível, foi necessário um outro arranjo conceitual e prático do
exercício de projeto. Diante disso, uma questão se impõe: esse novo arranjo teria fortalecido o sentido de comunidade e a relação desta com seu ambiente? Esta reestruturação, ao que parece, foi definida por uma série de conceitos e práticas: o rearranjo dos pilares da arquitetura e do urbanismo, a valorização da noção de uso predeterminado e a participação pessoal e operacional. Entretanto essa série evidencia ambiguidades. Conclui-se sobre essa experiência que a relação entre a comunidade e seu meio ambiente passa necessariamente pelos seguintes conceitos: a necessidade [como um uso pré-determinado], identidade , propriedade e controle. Noções estas que inevitavelmente contradizem os sentidos de coletividade, de comum, bem como inibem a reinvenção da própria comunidade.

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